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Detecção Precoce
As principais sociedades médicas do mundo adotam critérios gerais para orientar o rastreamento populacional para vários tipos de câncer. São recomendações que precisam ser ajustadas de acordo com o histórico familiar e pessoal do paciente.
Adaptar as recomendações à realidade de cada indivíduo é o papel do médico, que irá avaliar os possíveis benefícios e riscos relacionados à investigação.
Devemos ter em mente que as pessoas não se beneficiam igualmente dos exames de rastreamento – algumas vezes uma investigação pode determinar risco aumentado para o paciente ou afastá-lo da solução de problemas mais urgentes.
O exame colpocitológico (teste de Papanicoloau) deve ser realizado em toda mulher que já iniciou a atividade sexual, a partir dos 25 anos, devendo ser mantido até os 65 anos.
Trata-se de uma estratégia consagrada para identificar infecções pelo HPV e o desenvolvimento de lesões malignas no colo do útero. Após a realização de dois testes anuais com resultado normal, o exame deve ser repetido a cada 3 anos.
Esta é a recomendação oficial do Ministério da Saúde
Na ausência de fatores familiares e pessoais que indiquem um risco aumentado para a doença, ou de achados de exame físico que exijam investigação específica, as mulheres devem realizar exames anuais de mamografia.
idade para início da rotina de rastreamento ainda é motivo de controvérsia. Enquanto o Instituto Nacional do Câncer recomenda o início dos exames apenas aos 50 anos, sociedades médicas e organizações nacionais e internacionais indicam como ideal seu início aos 40 anos.
• A favor do início aos 40 anos
Entidades que partilham a recomendação de início dos exames aos 40 anos: Sociedade Brasileira de Mastologia, American Cancer Society, American College of Radiology, American Medical Association e National Cancer Institute, entre outras.
• A favor do início aos 50 anos
Entidades que recomendam o início do rastreamento apenas aos 50 anos: Inca, American College of Physicians, Canadian Task Force, Advisory Committee on Cancer Prevention in the European Union e NHSBSP, entre outras.
O rastreamento deve ser mantido pelo menos até os 70 anos.
Para indivíduos de ambos os sexos, sem qualquer antecedente pessoal ou familiar relevante, o rastreamento do câncer colorretal deve ter início aos 50 anos e ser mantido até os 75 anos. Em caso de predisposição familiar reconhecida ou qualquer sinal ou sintoma que sugiram a doença, os exames devem ser iniciados mais precocemente, de acordo com o risco identificado e sempre com orientação médica.
Principais sinais e sintomas do câncer colorretal:
Sangramento ao defecar ou presença de sangue nas fezes
• Mudanças no ritmo de funcionamento intestinal (diarreia e constipação alternados)
• Vontade frequente de ir ao banheiro, sensação de gases ou distensão do abdome
• Dor ou desconforto abdominal ou anal
• Fraqueza, anemia e perda de peso sem causa aparente.
Em indivíduos assintomáticos e sem histórico pessoal ou familiar que indique risco aumentado, o exame mínimo indicado para surpreender o câncer colorretal é a pesquisa de sangue oculto nas fezes (exame anual), que deve ser acompanhada de retossigmoidoscopia (repetida a cada 2 a 5 anos).
A investigação deve ser complementada com colonoscopia para aqueles que apresentarem alteração em qualquer desses exames.
Na ausência de contraindicação e havendo facilidade de acesso ao exame, a colonoscopia pode ser realizada como exame de rastreamento inicial (repetida a cada 10 anos, caso não tenha sido observada qualquer alteração no exame anterior).
Essa recomendação é partilhada pelas seguintes instituições:
• Instituto Nacional do Câncer
• Sociedade Brasileira de Coloproctologia
• American Cancer Society
• European Consensus on Colorectal Cancer
O rastreamento do câncer de próstata é um tema bastante controverso.
Anteriormente indicado de forma generalizada para homens acima de 50 anos de idade, o rastreamento com exame da próstata e dosagem do PSA tem sido contestado por várias sociedades internacionais.
Na ausência de antecedentes pessoais e familiares que indiquem risco aumentado para o câncer de próstata, a Sociedade Brasileira de Urologia orienta iniciar o rastreamento aos 50 anos, com exames anuais de toque retal e dosagem de PSA.
Entidades internacionais como a American Cancer Society, American College of Physicians e American Urological Association recomendam a decisão partilhada, na qual os médicos discutem individualmente a possibilidade de realização do exame com o paciente, nunca abaixo de 50 anos.
Dentistas devem estar atentos a eventuais lesões na cavidade oral – especialmente em fumantes. Caso encontrem alterações suspeitas na cor ou na textura da mucosa, devem orientar o paciente a procurar um especialista.
Estudos recentes sugerem que fumantes podem se beneficiar de exames de rastreamento. Entretanto, trata-se de algo novo que ainda não foi adotado como rotina em nosso País. Por isso, qualquer exame com esse propósito precisaria ser discutido com o médico.
Indivíduos com diagnóstico de esofagite de refluxo ou outras patologias envolvendo o esôfago e o estômago devem ser acompanhados de perto, de forma a facilitar o reconhecimento de qualquer lesão que possa se tornar maligna. A recomendação do exame endoscópico deve ser individualizada pelo médico em pacientes assintomáticos e sem diagnósticos prévios de doença nesses órgãos.